Funcionários do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, realizaram nesta manhã de segunda-feira, uma manifestação no momento em que a prefeitura assumia a gestão da unidade de saúde. Cerca de 300 servidores chegaram a fechar a Avenida Cesário de Melo por aproximadamente 20 minutos. Eles são contra a municipalização do hospital e temem ser prejudicados com a mudança.
"O município não tem condições de bancar se quer o que é dele. Alem disso, se o hospital for municipalizado, as organizações sociais (OS) vão tomar conta de tudo. Somos concursados, trabalhamos anos aqui, não recebemos transportes e alimentação e pagam R$ 100 por insalubridade", disse a auxiliar de enfermagem Rose Aime, de 61 anos.
Os servidores estiveram reunidos com o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho e com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Muitos funcionários do Rocha Faria fizeram concurso para a unidade agora não sabem aonde vão trabalhar. "A questão dos servidores vai ser tratada com muito cuidado", garante Pedro Paulo, falando em seguida sobre o processo de municipalização do Rocha Faria.
"Começa agora a segunda etapa da municipalização dos hospitais escolhidos. A equipe da prefeitura disponibilizou os leitos do Hospital Rocha Faria no portal, como foi feito no Albert Schweitzer, para que possamos atender melhor os pacientes", completa.
A auxiliar de enfermagem Ecilia Sampaio, 68 anos, disse que a prefeitura está fazendo campanha eleitoral ao assumir as unidades de saúde do estado. "Isso é um golpe. Eles roubaram e agora atribuem o resultado a crise. A municipalização não passa de uma campanha eleitoral, já que a Zona Oeste é o maior curral eleitoral do Rio", afirma.
Reportagem de Clara Vieira - JORNAL O DIA
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