quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Solidariedade aos pesquisadores da Fiocruz, que estão sendo perseguidos pela empresa TKCSA que está poluindo o Rio de janeiro.

Prezada(o)s,

A ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) vem trazendo impactos socio-ambientais, com danos à saúde, ao ambiente e a renda dos pescadores e moradores de Santa Cruz. Em uma tentativa de intimidação, processa por danos morais profissionais de saúde da Fiocruz e da UERJ que estão trabalhando no caso.

Em repúdio a isso, viemos conclamar a todos a colaborar em uma ampla divulgação das denúncias das ações da TKCSA, através das redes sociais, nacionais e estrangeiras, na defesa das seguintes reivindicações:
1. Pelo direito à liberdade de expressão;
2. Pelo fim imediato da poluição;
3. Pela indenização e reparação dos pescadores/as e moradores/as;
4. Pelo fim das isenções fiscais cedidas a empresa;
5. Não à licença de operação definitiva e ao termo de ajustamento de conduta.

No endereço eletrônico abaixo se encontram matérias sobre o processo da TKCSA contra os pesquisadores.

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=27990

MP pede proibição de operação da Companhia Siderúrgica do Atlântico: Assista a reportagem AQUI

Assista o vídeo sobre o caso: Desenvolvimento a Ferro e Fogo na Zona Oeste do RJ.



Vamos fazer uma grande rede de solidariedade e de comunicação em defesa dos direitos sociais e à saúde ambiental. Junte-se a nós!

Doente sem maca na ambulância

Pacientes que precisam de atendimento de emergência são transportados até hospital na Penha em bancos do veículo

Rio - A falta de macas no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, está colocando em risco a vida de pacientes que precisam de atendimento de emergência. Ontem, O DIA flagrou o drama do comerciante José Roberto Oliveira da Rosa, de 40 anos, vítima de queimadura, que chegou ao hospital em uma ambulância do Samu que estava sem maca. Mesmo com o corpo ardendo, ele, que gritava de dor, foi levado no banco de trás do veículo.

Um cabo do Corpo de Bombeiros, que não quis se identificar, disse que o hospital tem usado as macas das ambulâncias para ajudar no socorro às vítimas na emergência do Getúlio Vargas. Para o bombeiro, os pacientes vítimas de traumas, como fraturas e lesões ortopédicas, podem ter o estado de saúde agravado se não houver o auxílio de uma maca na ambulância.

“Quando um paciente sofre um trauma, ele precisa ficar imóvel. A ausência da maca pode agravar o seu estado de saúde até sua chegada ao hospital”, disse.

SECRETARIA: HÁ SUPERLOTAÇÃO

A Secretaria Estadual de Saúde admitiu que o problema ocorreu na segunda-feira, mas negou que a retenção de macas tenha se repetido ontem: isto, apesar do flagrante registrado pela reportagem de O DIA. O motivo, segundo o órgão, foi a superlotação da emergência, com 211% a mais que sua capacidade normaal. De acordo com a Secretaria, o hospital tem 45 leitos, mas na segunda-feira havia 140 pessoas internadas na emergência da unidade.

“O socorro demorou quase uma hora para chegar. Quando veio, não tinha maca. Achei estranho, mas não me deram nenhuma satisfação”, disse Mabel Allevato, mulher de José Roberto. Dono de uma tenda de churros em um shopping, ele se queimou com o óleo usado na preparação do alimento.

No dia 4 de outubro, O DIA publicou reportagem mostrando que ambulâncias ficavam retidas por falta de macas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Faltam médicos na UPA de Queimados

A UPA 24h de Queimados tem um déficit de, pelo menos, 24 médicos, entre clínicos e pediatras, em seu quadro de funcionários, de acordo com a prefeitura da cidade. O resultado é o atendimento precário. Há ainda dificuldades para a contratação de novos profissionais.

Entre as alegações dos médicos estão a distância da cidade e o salário oferecido — para clínicos, a prefeitura paga por 24 horas semanais o valor de R$ 6 mil durante a semana e de 6,8 mil nos finais de semana, por exemplo. No Rio, o mesmo pediatra chega a ganhar R$ 8 mil pelo mesmo período.

Nesta quinta-feira, não havia médico pediatra no período da tarde. Com a filha Gabriela, de 2 anos, com 39,5°C de febre, a dona de casa Tatiana Borges, de 27 anos, buscou atendimento no local e não passou da porta de entrada.

— Não tem médico para atender as crianças. E se uma chegar em estado grave? Morre? — questionou Tatiana, antes de levar a filha à outra instituição.

Não há o especialista no período da manhã em nenhum dia da semana e nos finais de semana. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Queimados, mais de uma seleção foi feita. Porém, não houve procura. Em nota oficial, a prefeitura deu a seguinte declaração: "o mercado está carente de médicos com esta especialidade. O salário em Queimados não está baixo, mas há unidades que pagam um valor maior. Quanto maior a arrecadação do município, maior será o salário oferecido".

O Hospital Geral de Nova Iguaçu emitiu, ontem à tarde, nota oficial informando a situação da paciente Placedina de Souza, de 90 anos. Na quinta-feira, o EXTRA publicou a história dela, que aguarda há um mês a cirurgia no fêmur esquerdo fraturado.

Segundo a instituição, mais conhecida como Hospital da Posse, “a paciente está em avaliação pré-operatória apresentando outras doenças além do problema de saúde pelo qual está internada. Os exames diagnosticaram que ela está com arritmia cardíaca, insuficiência na válvula mitral do coração e anemia. A paciente está fazendo uso de medicação específica para o caso e aguarda estabilização do quadro clínico para ser operada. Sobre a prioridade para operar, devido à idade, o Hospital da Posse ressalta que, neste momento, possui 69 pacientes internados pela ortopedia (todos aguardando cirurgia), e quase um terço destes têm mais de 65 anos.”

O hospital também solicitou doadores para o Banco de Sangue da instituição, único público na Baixada Fluminense. Os estoques estão acabando. Na semana passada, as cirurgias agendadas tiveram que ser canceladas por falta de sangue. Para doar é preciso ter entre 18 e 65 anos, mais de 50 quilos e apresentar um documento com foto. O Banco de Sangue do Hospital da Posse atende diariamente das 8h da manhã ao meio-dia e 30. Maiores informações pelo telefone 3779-9900, ramal 117.

Jornal Extra



sábado, 5 de novembro de 2011

Huap: pelo fim da privatização


Delegados à 6ª Conferência Estadual de Saúde do Rio aprovaram por imensa maioria resolução contrária a todas as formas de privatização em curso no setor nas três esferas de governo, que pode acabar com o fim da privatização do Hospital da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antônio Pedro (Huap). A decisão foi encarada pelos participantes como a mais importante de toda a conferência, que tem dentre as suas atribuições traçar as diretrizes para a saúde pública em todo estado estado.

A aprovação da proposta ocorreu na plenária final do último dia da conferência, realizada na última semana no Maracanãzinho, sob o som da palavra de ordem “Não, não, não, à privatização”, cantada pela maior parte dos delegados. Antes do início da votação – todas foram realizadas por meio digital através de um pequeno aparelho entregue a cada delegado – a organização do evento tentou evitar que o texto que acabaria aprovado fosse a voto, alegando que ele não tivera a aprovação necessária nos grupos, o que foi contestado por participantes. Muitos viram na tentativa uma nítida manobra do governo e de gestores privados, que não queriam ver a proposta ratificada.
Muito comemorada, a resolução aprovada com 83% dos votos do plenário afirma que a saúde pública tem que estar sob controle e administração do Estado e cita nominalmente as formas de privatização em curso e que devem ser deixadas de lado pelo governo: organizações sociais, Oscip, fundações e a empresa de administração hospitalar que o governo federal tenta criar por meio de projeto de lei que tramita no Congresso Nacional.
Mas, apesar da comemoração e do perceptível sentimento de vitória que se instalou na conferência após a votação, delegados ligados ao Sindsprev-RJ que participavam da conferência disseram ter consciência de que, assim como em outros momentos, não dá para ter a expectativa de que a decisão será acatada pelo governo Sérgio Cabral Filho e pelos prefeitos.
As conferências integram o Sistema Único de Saúde e deveriam ter suas deliberações respeitadas pelos governantes, mas isso não ocorre. Na avaliação de delegados ouvidos pela reportagem, o próximo passo agora é tornar pública essa resolução, levá-la para a Conferência Nacional, que ocorre no final de novembro, e mobilizar servidores e usuários da saúde para exigir o fim de todos os processos de privatização em curso no estado do Rio.

PRIVATIZAÇÃO
O Congresso Nacional aprovou há cerca de alguns meses o PL 1749 que cria as Empresas Brasileiras de Serviços Hospitalares (EBSERH). O projeto prevê a entrega da administração dos hospitais universitários nas mãos de uma empresa privada. O projeto será votado no Senado com o nome de PLC 79/2011. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF denuncia os deputados que votaram a favor desse projeto, com seus nomes e fotos, para que a população não se esqueça quem prejudicou a saúde pública nas futuras eleições.
Caso o projeto seja aprovado no Senado, os hospitais universitários federais, como Hospital Antonio Pedro da UFF, o Hospital Clementino Fraga da UFRJ e o Hospital Gaffrée e Guinle da Unirio ficarão ameaçados de privatização. O mesmo ocorre com hospitais públicos estaduais com a aprovação das Organizações Sociais (OS) na ALERJ.

Publicado em: 01/11/2011

Texto: Bárbara Grebe
Foto: Bruno Eduardo Alves

A TRIBUNA

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Idosa aguarda vaga em hospital de cardiologia há uma semana

Vítima de um enfarte, Dalva Antônia de Freitas Dias, de 74 anos, está há uma semana internada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, aguardando vaga num hospital especializado em cardiologia. Os parentes da idosa reclamam que ela recebeu apenas os primeiros socorros e desde então está internada na grande emergência aguardando a transferência.

-- Estamos temendo pela saúde da paciente porque ela precisa de atendimento especializado e a Secretaria de Saúde não consegue removê-la por falta de vaga em outros hospitais. Tentamos em vão transferi-la para o Hospital de Cardiologia de Laranjeiras ou para o Ronaldo Gazola, em Acari. A solução será recorrer à justiça -- disse o dentista Luís Antônio, que representa a família da idosa.

A Secretaria municipal de Saúde informou, através de nota, que Dalva está internada no Lourenço Jorge e recebe acompanhamento médico diário. A paciente está sendo medicada, seu quadro clínico é estável e nesta sexta-feira ela será submetido a exame de ecocardiografia transtorácica. A nota não dá previsão para a transferência da paciente para hospital especializado.

JORNAL EXTRA