terça-feira, 14 de maio de 2013

PREFEITURA IRRESPONSÁVEL

Cerca de 50 pessoas precisaram apelar à polícia para que o atendimento no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste — que foi lento durante todo o Dia das Mães — fosse restabelecido na noite de domingo. Somente com a chegada de agentes da Polícia Civil e da reportagem do DIA , já de madrugada, é que o atendimento foi retomado de forma mais acelerada. Mesmo assim, à tarde, dezenas de pacientes se queixaram de espera de até seis horas na fila. 
“Trouxe meu filho (Gabriel, de 2 anos) às 10h, com febre alta e suspeita de pneumonia. Ele só foi atendido às 15h. Não tinha pediatra. Um absurdo!”, desabafou o estoquista Antônio Oliveira, 32.
No domingo, segundo acompanhantes dos doentes, os médicos de plantão pararam de atender às 21h para suposto descanso.
Às 2h da madrugada, várias pessoas, que já aguardavam há mais de quatro horas, começaram a ser chamadas para os consultórios.
“Minha mãe está em tratamento de câncer e com muitas dores. Isso é uma falta de consideração”, queixou-se a depiladora Simone Braun, 39, enquanto amparava a mãe, Maria Iracema Braun, 67, que passava mal em uma cadeira de rodas.
 
Sindicato diz que ‘situação é crítica’
Uma equipe da 16ª DP (Barra), que foi ao hospital ouvir uma testemunha, foi acionada por pacientes, mas nenhum inquérito foi aberto. “Essa situação crítica no Lourenço Jorge é crônica. A prefeitura é irresponsável em não resolvê-la”, criticou o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze.
Em nota, o Hospital Lourenço Jorge informou que a unidade recebeu 20 pacientes graves e realizou 56 atendimentos de menor gravidade, entre a noite de domingo e a manhã de ontem, garantindo que não houve falta de médicos.


CONVOCAÇÃO


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Diretor de hospital na Baixada é acusado de cometer fraude no Carlos Chagas

ELE ERA  DIRETOR DO HOSPITAL ESTADUAL PEDRO II , QUANDO HOUVE AQUELE  INCÊNDIO CRIMINOSO, PARA FACILITAR A  MUNICIPALIZAÇÃO E A PRIVATIZAÇÃO. 


 Márcia Rodriguez em unidade particular quando devia estar em Saracuruna

Os médicos investigados por “matar” os plantões no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, são sócios antigos do "clube da invisibilidade".
 Os servidores montaram o mesmo esquema de só aparecer para trabalhar no papel — e receber salário — nos 20 meses em que ocuparam cargos de chefia no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
 Atual diretor do Hospital de Saracuruna, o médico João Paulo Duarte Salgado Filho assumiu o Carlos Chagas em fevereiro de 2011.
 Nos meses seguintes, o nome dele, do anestesista Fábio Pocas Zambelli e da médica Fernanda Ribeiro Fonseca já apareceram na escala. Logo depois, os demais médicos passaram a engrossar os plantões.

Nesta terça-feira, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, determinou a suspensão, a partir de hoje, do diretor e dos chefes de equipe do Adão Pereira Nunes de suas funções na unidade, enquanto durar a sindicância aberta pela pasta. O médico Rogério Casemiro assume a direção interinamente.
 Denúncias enviadas ao Sindicato dos Médicos do Rio apontam que os profissionais lotados em cargos de chefia até outubro de 2012 — quando são nomeados para o Adão Pereira Nunes — nunca foram à emergência nos plantões do Carlos Chagas.
 Um dos casos, expondo as repetidas faltas da pediatra Erica Eisbach Dell Castillo, foi encaminhado às secretarias estaduais de Saúde e Administração.
 Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos, vem investigando denúncias sobre a administração de João Paulo no Carlos Chagas. “A história é a mesma: fraude na escala de serviço. Eles ganhavam e não apareciam nos plantões”.
Plantão de  48 horas "sem descanso"
 Análise nas escalas do Carlos Chagas, entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012, mostra que os médicos eram escalados uma ou duas vezes por semana nos plantões da Emergência.
 O diretor João Paulo chega a aparecer em duas planilhas seguidas, ou seja, “trabalhou” 48 horas na Ortopedia sem intervalo para descanso, entre os dias 13 e 15 de agosto.
 Em média, um médico ganha até R$ 5.750 por mês para fazer um plantão de 24 horas semanais. Como O DIA mostrou domingo, alguns dos médicos atuam em clínicas privadas justamente na hora em que deveriam estar no Hospital Adão Pereira Nunes.
Fonte: POR João Antonio Barros

Projeto de lei que pode mudar a estrutura e o funcionamento da saúde pública no município.