Funcionários do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (11), dia em que a unidade, antes do estado, foi municipalizada. Os servidores levaram faixas e gritavam "a privatização é coisa de ladrão", em referência à participação de Organizações Sociais (OS) no sistema de saúde municipal.
Os manifestantes ocuparam parte do hospital e chegaram a interditar a Avenida Cesário de Melo, por cerca de 15 minutos. O ato não interferiu nos atendimentos.
Clara Fonseca, presidente da associação dos funcionários do hospital Rocha Faria, diz que eles não são contra a municipalização, mas contra a contratação dos funcionários por uma OS.
Na avaliação de servidores, o remanejamento pode causar prejuízos, já que eles não teriam direito,na Organização Social, a vale-transporte e vale-refeição, como é o caso de Clara Fonseca, que trabalha como auxiliar de enfermagem e ganha R$ 650.
Reunião com secretários
O protesto ocorre durante visita dos secretários municipais Pedro Paulo (executivo de Governo) e Daniel Soranz (Saúde). A agenda dos dois incluía uma reunião com representantes do hospital e profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, para a elaboração do primeiro diagnóstico da unidade, da mesma forma como foi feito com o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na última semana.
O protesto ocorre durante visita dos secretários municipais Pedro Paulo (executivo de Governo) e Daniel Soranz (Saúde). A agenda dos dois incluía uma reunião com representantes do hospital e profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, para a elaboração do primeiro diagnóstico da unidade, da mesma forma como foi feito com o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na última semana.
Muitos funcionários tentaram acompanhar o encontro, mas tiveram que ficar do lado de fora. Pedro Paulo Carvalho disse que a questão dos servidores será tratada com toda atenção.
"Nós temos uma questão, que nós estamos tratando com toda atenção, que é a questão do servidor. Aqui tem uma questão de servidor público, servidor fundacional, servidor de Organização Social. Não é um hospital simples, é um hospital grande e nós vamos tratar isso ao longo do dia", disse o secretário, que foi hostilizado em gritos e músicas pelos manifestantes, assim como o governador Luiz Fernando Pezão.
Sobre queixas de que alguns pacientes que foram transferidos sem o consentimento dos familiares durante o fim de semana, o secretário disse que transferências acontecem para melhorar o atendimento.
Pedro Paulo disse ainda que as fiscalizações do Tribunal de Contas sobre as OS acontecem regularmente e que providências são tomadas depois delas.
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