terça-feira, 19 de abril de 2011

É CASO DE POLÍCIA: CADEIA PARA OS RESPONSÁVEIS!!!

Doentes amontoados, numa sala pequena e de cheiro insuportável. Ao lado, um saco preto embala um corpo. Os pacientes da emergência do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, olham, impotentes, para a cena. A resignação parece vir de quem espera pelo pior. Ao mesmo tempo, funcionários se dividem para atender os casos mais graves. Em meio ao cenário de caos, o desabafo de um médico que há dez anos trabalha na unidade é ouvido pela reportagem do EXTRA, na madrugada de 6 de abril:
— Isso aqui é um campo de guerra.
A cena flagrada naquela noite é exemplo do problema que a população enfrenta diariamente: a superlotação. Desde que o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, fechou após um incêndio, em outubro do ano passado, o Rocha Faria passou a atender também os cerca de 400 mil habitantes de Santa Cruz, Sepetiba e Paciência. Hoje, a emergência da unidade recebe cerca de 550 pacientes por dia, segundo a Secretaria estadual de Saúde — média superior à do Hospital Municipal Souza Aguiar, considerado a maior emergência da América Latina. Lá, são registrados, em média, 500 atendimentos por dia.


Atendimento tardio
Um dos que viveram o problema de perto foi o comerciário Thiago VTC — que quis se identificar somente assim. Durante uma semana, entre o fim de março e o início de abril, ele viu o pai, Roberto, de 54 anos, agonizar na emergência do Rocha Faria, vítima de um tumor no intestino. Por três dias, o homem, que sentia dores fortes na barriga, foi atendido numa cadeira no corredor do setor.
Ele morreu quatro dias depois de finalmente ser transferido para uma das alas da enfermaria, após conseguir uma maca. Até isso acontecer, é difícil imaginar o quanto sofreu.
— A demora no atendimento adequado pode ter piorado o quadro dele — lamentou Thiago.

Roberto e milhares de pessoas são vítimas indiretas do fogo que atingiu as partes elétricas e hidráulicas do Pedro II. Eram 13 mil atendimentos de emergência e cerca de 400 partos por mês. Numa área onde 89% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital era a alternativa mais próxima para quem vive no extremo da Zona Oeste do Rio. Segundo a Associação dos Servidores do Hospital Estadual Rocha Faria, em agosto de 2010, antes do incêndio, a emergência atendia 932 pacientes por mês. Em dezembro, esse número passou para 20.102, aumento de cerca de 2.000%.

EXTRA 17/04/2011

2 comentários:

  1. Esse SERGIO CORTES é um safado, ele age dessa maneira porque não é ninguem da familia dele que esta ali naquelas condições desumanas.

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  2. SUS... Empresas prestadora de serviço ... Secretário de Saúde...Governo.
    Os Conselho de Saúde, se reunem sempre em auditório com Ar, nunca para solucionar o CAOS nos Hospitais Público Ex:(HERF)
    Os usuários deveriam participar destas reuniões. O interessante é que, não visam melhorar os serviços prestados aos usuários e, sim, apurar se há como contratar mais e mais prestadores. Há setor no HERF que não fixa escala de serviço, porque?
    Uma assistente social, procura o setor de transporte as 02:00hs., solicita a remoção para residencia de uma paci~ente com CA de ultero,pois a mesma estava junto com cinco pacientes com BK e, a mesma esta com a imunidade muito baixa.
    O MP e DPF deveriam investigar os crimes praticados na Saúde. O SUS (FEDERAL) a Lei do SUS não se cumpre e, ninguém faz nada. O superitendente da PF, deveria investigar.

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