terça-feira, 19 de abril de 2011

É CASO DE POLÍCIA: SÉRGIO CÔRTES SE NEGA A FALAR SOBRE O CAOS NAS UPAS




O fechamento do Hospital Pedro II emperra também as quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Santa Cruz e Campo Grande. Elas atendem, em média, 500 pacientes por dia. Ou seja, quase o mesmo número registrado pela emergência do Rocha Faria.
Em 24 de março, o metalúrgico Celso Ricardo Freitas, de 33 anos, esperou oito horas na UPA Campo Grande I para saber que sua mãe estava com dengue. Mais de 80 pessoas aguardavam na fila. A maioria morava em Santa Cruz, onde, naquele dia, não havia médico.
— O médico não havia chegado na UPA Cesarão. Então, fomos encaminhados para Campo Grande — explicou.

No mesmo dia, por volta das 11h, a comerciária Ingrid Sales, de 20 anos, grávida de seis meses, chegou com dores na Campo Grande I, onde a média é de 590 atendimentos por dia.
Como a ambulância estava em atendimento, a equipe de enfermagem informou à jovem que ela deveria ir de táxi até o Hospital Rocha Faria. Quando viram a equipe de reportagem no local, os enfermeiros ofereceram uma cadeira à Ingrid e a levaram para o hospital, quando a ambulância retornou.
Ao saber do caso, o secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, afirmou que se trata de um “grave problema”.
— A jovem deveria ser atendida pela UPA na primeira tentativa. As UPAs foram criadas, justamente, para diminuir a procura pelos hospitais.
Secretário nega resposta
Logo após responder às perguntas sobre as UPAs, na última sexta-feira, o secretário Sérgio Côrtes interrompeu a entrevista, na secretaria, ao ser questionado sobre o cenário de guerra no Rocha Faria, descrito por um funcionário da unidade.
— Não vou falar sobre isso — disse Côrtes, antes de levantar e sair da sala.

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