Em assembléia de emergência realizada na segunda-feira 10, os servidores da saúde estadual iniciaram a discussão de um calendário de lutas contra a privatização do setor e em defesa dos trabalhadores da Fundação Escola de Serviço Público (FESP), ameaçados de demissão a partir de março de 2012.
A próxima assembléia da saúde estadual será no dia 27/10, às 14h, no Sindsprev/RJ, quando serão recolhidos os indicativos das assembléias nos hospitais, para definição do calendário geral de mobilizações. Uma das propostas é a participação da saúde estadual no grande ato convocado pelos bombeiros para o dia 30/10, em Copacabana, com a palavra de ordem ‘Fora Cabral’.
Algumas das assembléias de base já marcadas são as do Hospital Rocha Faria (no dia 13/10, às 14h) e do Hospital Albert Schweitzer (dia 19, às 19h).
Em defesa dos trabalhadores da FESP
O principal indicativo aprovado na assembléia da última segunda-feira foi, no entanto, o de defesa dos trabalhadores da FESP. O governo do Estado lançou em setembro um edital de concurso para a ‘Fundação Rio’ (de direito privado), vinculada à Secretaria de Saúde, para preenchimento de vagas nos hospitais gerais, de urgência e emergência, institutos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A intenção do governo é substituir os cerca de 10 mil trabalhadores concursados da FESP pelos que eventualmente passem no concurso aberto em setembro, que é para regime celetista. Isto significa que, se nada for feito para barrar o edital do concurso das fundações, os trabalhadores da FESP serão todos demitidos a partir de março do ano que vem.
Saída é a luta unificada de todos os servidores
“A única forma de se garantir o emprego dos trabalhadores da FESP é com uma grande mobilização conjunta que force o governo do Estado a reconhecer uma coisa óbvia, que é o fato de esses trabalhadores terem um inegável direito à efetivação, pois já fizeram concurso. Se não tivermos unidade, seremos massacrados”, alertou, durante a assembléia, o diretor do Sindsprev/RJ Julio César Tavares.
“Aqui não estamos discutindo a situação dos hospitais isoladamente. Para nós é importante e fundamental continuarmos mobilizados para acompanhar, na Alerj, todos os assuntos relacionados à saúde e ao serviço público, começando pelo orçamento. Mas também não podemos descuidar da ação direta contra o governo Cabral”, afirmou o também dirigente do Sindicato Gilberto Custódio de Mesquita.
Prefeituras também querem privatizar saúde via O.S.
Servidora da saúde e dirigente da Regional Centro do Sindsprev/RJ, Denise Nascimento alertou para as implicações dos atuais ataques movidos pelos governos federal, estadual e municipais contra os direitos dos servidores. “O projeto das organizações sociais é somente a porta de entrada para um processo muito maior de privatização da saúde, que pode se espalhar pela atenção básica nos municípios fluminenses. É por isso que a maioria das prefeituras hoje resiste a fazer a regulamentação funcional dos agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias. Essas prefeituras querem privatizar o Programa de Saúde da Família por meio de organizações sociais”, explicou.
Governo só ganhou uma batalha, mas não a guerra
Na avaliação dos servidores presentes à assembléia, ao aprovar o PL 767 na Alerj o governo ganhou uma batalha, mas não a guerra. O preço político pago pelo governo foi, na avaliação de servidores, a completa desorganização de sua base de apoio parlamentar na Alerj, forçando o Palácio Guanabara a recompor a relação com seus deputados. “Tudo isso [a desorganização da base parlamentar do governo] só foi conseguido por causa da união dos servidores e dos poucos deputados de oposição na Alerj. O governo percebeu que poderíamos causar um estrago ainda maior em suas pretensões, e por isso que, no dia da votação do PL, botou a tropa de choque para nos impedir de entrar e ocupar as galerias”, analisou o servidor Kaiser de Albuquerque Moreira, que também é assessor do deputado Paulo Ramos (PDT).
SINDSPREV
A próxima assembléia da saúde estadual será no dia 27/10, às 14h, no Sindsprev/RJ, quando serão recolhidos os indicativos das assembléias nos hospitais, para definição do calendário geral de mobilizações. Uma das propostas é a participação da saúde estadual no grande ato convocado pelos bombeiros para o dia 30/10, em Copacabana, com a palavra de ordem ‘Fora Cabral’.
Algumas das assembléias de base já marcadas são as do Hospital Rocha Faria (no dia 13/10, às 14h) e do Hospital Albert Schweitzer (dia 19, às 19h).
Em defesa dos trabalhadores da FESP
O principal indicativo aprovado na assembléia da última segunda-feira foi, no entanto, o de defesa dos trabalhadores da FESP. O governo do Estado lançou em setembro um edital de concurso para a ‘Fundação Rio’ (de direito privado), vinculada à Secretaria de Saúde, para preenchimento de vagas nos hospitais gerais, de urgência e emergência, institutos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A intenção do governo é substituir os cerca de 10 mil trabalhadores concursados da FESP pelos que eventualmente passem no concurso aberto em setembro, que é para regime celetista. Isto significa que, se nada for feito para barrar o edital do concurso das fundações, os trabalhadores da FESP serão todos demitidos a partir de março do ano que vem.
Saída é a luta unificada de todos os servidores
“A única forma de se garantir o emprego dos trabalhadores da FESP é com uma grande mobilização conjunta que force o governo do Estado a reconhecer uma coisa óbvia, que é o fato de esses trabalhadores terem um inegável direito à efetivação, pois já fizeram concurso. Se não tivermos unidade, seremos massacrados”, alertou, durante a assembléia, o diretor do Sindsprev/RJ Julio César Tavares.
“Aqui não estamos discutindo a situação dos hospitais isoladamente. Para nós é importante e fundamental continuarmos mobilizados para acompanhar, na Alerj, todos os assuntos relacionados à saúde e ao serviço público, começando pelo orçamento. Mas também não podemos descuidar da ação direta contra o governo Cabral”, afirmou o também dirigente do Sindicato Gilberto Custódio de Mesquita.
Prefeituras também querem privatizar saúde via O.S.
Servidora da saúde e dirigente da Regional Centro do Sindsprev/RJ, Denise Nascimento alertou para as implicações dos atuais ataques movidos pelos governos federal, estadual e municipais contra os direitos dos servidores. “O projeto das organizações sociais é somente a porta de entrada para um processo muito maior de privatização da saúde, que pode se espalhar pela atenção básica nos municípios fluminenses. É por isso que a maioria das prefeituras hoje resiste a fazer a regulamentação funcional dos agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias. Essas prefeituras querem privatizar o Programa de Saúde da Família por meio de organizações sociais”, explicou.
Governo só ganhou uma batalha, mas não a guerra
Na avaliação dos servidores presentes à assembléia, ao aprovar o PL 767 na Alerj o governo ganhou uma batalha, mas não a guerra. O preço político pago pelo governo foi, na avaliação de servidores, a completa desorganização de sua base de apoio parlamentar na Alerj, forçando o Palácio Guanabara a recompor a relação com seus deputados. “Tudo isso [a desorganização da base parlamentar do governo] só foi conseguido por causa da união dos servidores e dos poucos deputados de oposição na Alerj. O governo percebeu que poderíamos causar um estrago ainda maior em suas pretensões, e por isso que, no dia da votação do PL, botou a tropa de choque para nos impedir de entrar e ocupar as galerias”, analisou o servidor Kaiser de Albuquerque Moreira, que também é assessor do deputado Paulo Ramos (PDT).
SINDSPREV
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