quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PAULO RAMOS DEFENDE A DEPUTADA JANIRA ROCHA EM PLENÁRIO


"O que são as organizações sociais? As Organizações Sociais são, a abertura de mercado com a saúde do povo. É isso, abertura de mercado para a iniciativa privada enriquecer com a saúde e com a vida do povo.
Existem várias rubricas dentro da área da Saúde hoje que não são por lei e esta Casa de Leis não consegue fazer essa fiscalização... porque está muito mais preocupada com os negócios que podem fazer aqui dentro para poder enriquecer e fazer com que o povo trabalhador morra lá fora".
DEPUTADA JANIRA ROCHA


Deputado ANDRÉ CORRÊA – Deputada nomine quem está fazendo negócio? Ou ela, a quem tenho respeito muito grande, ou ela vai lá e nomina as pessoas ou eu vou representá-la no Conselho de Ética para que ela diga quem está fazendo negócio nesta Casa.
Deputada CIDINHA CAMPOS – Nós a faremos.

DISCURSO DO DEPUTADO PAULO RAMOS - 06 / 09/ 2011
Estamos apreciando as contas do governo com parecer favorável do Tribunal de Contas. É claro que causa grande surpresa o Tribunal de Contas insistir, a cada ano, nas ressalvas e recomendações. É estranho porque, obviamente, a análise detida das contas do governo nos leva à conclusão de que há realmente muitos desvios.
Considero natural que um ou uma parlamentar se manifeste de forma indignada diante da certeza de que as contas vão ser aprovadas. Claro que são naturais os arroubos da tribuna. Estou nesta Casa há pouco mais de 12 anos. Já ouvi parlamentar subir à tribuna e chamar o governador, ou o presidente desta Casa, de ladrão. Eu já ouvi parlamentar chegar à tribuna e dizer que aqui só tinha ladrão, também sem nominar, sem citar os nomes, se manifestando de forma a mais genérica. Eu não vejo nenhuma razão para alguém se sentir atingido com o discurso da Deputada Janira, porque nós estamos habituados a ouvir e estamos habituados a falar. Eu não tenho dúvida que se for feita uma consulta à opinião pública, todos, com raríssima exceção, todos vão dar razão à Deputada Janira, porque surpreende e assusta, por vezes, ver a manifestação, através do voto, da maioria esmagadora desta Casa e ninguém se sinta, ou que tenha uma sensibilidade tão à flor da pele para se sentir, atingido, especialmente quem também tem por hábito agir através de arroubos em momentos os mais diversos.
É muito fácil para alguns trocar de lado, é muito fácil trocar de lado assumindo a mesma veemência que assumia quando era oposição; é muito fácil assumir posições concretas em votações anteriores e chegar aqui não só votar exatamente da forma oposta, como também fazer veemente defesa.
Eu não vejo nenhuma diferença do governo Sérgio Cabral no primeiro mandato - quando nós, do PDT, éramos oposição - para o governo Sérgio Cabral agora. Ao contrário, o governo Sérgio Cabral agora dá muito mais evidências de que está a quilômetros de distância da ideologia e do programa do meu partido, o PDT. Que nós aqui tenhamos a compreensão de que é um direito do parlamentar subir à tribuna e expressar a sua opinião. É direito, todos estão protegidos! A tribuna é o único lugar onde o parlamentar tem imunidade. Parabéns, Deputada Janira, por ter aqui de forma indignada explicitado a sua opinião. Não me senti atingido, não entendi generalizações. V.Exa. não me atingiu. Quem bota a carapuça precisa se preocupar porque estamos diante desse caso: o governo Sérgio Cabral está cometendo crimes na área da Saúde. Crimes! As pessoas estão morrendo porque não têm recurso para área da Saúde. Tem recurso para terceirização. – Tem recurso para tudo, tem recurso para propaganda... Como é possível? Causa uma indagação. Como, diante de um quadro tão revelador, o Parlamento, em sua maioria esmagadora, contesta os procedimentos? O Tribunal de Contas - já falamos aqui - é a “casa do acerto de contas”, porque se fosse um verdadeiro Tribunal de Contas, um auxiliar do Poder Legislativo, seguramente, teria condenado essas contas. Então, que ninguém ponha a carapuça, desde que não se sinta atingido. Quem age com veemência da tribuna, com arroubos da tribuna; que já teve a oportunidade também de dizer que nesta Casa só tinha ladrão, sem que tenha havido a mesma reação. - vamos aceitar democraticamente, isto sim, a opinião de qualquer parlamentar que ocupa esta tribuna da forma que entender conveniente para explicitar o seu pensamento. Vamos votar “não” a essas contas. Não, não e não, compreendendo o arroubo de qualquer um que assoma a esta tribuna para explicitar seu pensamento. Muito obrigado.

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