Cerca de 50 pessoas precisaram apelar à
polícia para que o atendimento no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na
Barra da Tijuca, Zona Oeste — que foi lento durante todo o Dia das Mães —
fosse restabelecido na noite de domingo.
Somente com a chegada de agentes da Polícia Civil e da reportagem do DIA
, já de madrugada, é que o atendimento foi retomado de forma mais
acelerada. Mesmo assim, à tarde, dezenas de pacientes se queixaram de
espera de até seis horas na fila.
“Trouxe
meu filho (Gabriel, de 2 anos) às 10h, com febre alta e suspeita de
pneumonia. Ele só foi atendido às 15h. Não tinha pediatra. Um absurdo!”,
desabafou o estoquista Antônio Oliveira, 32.
No domingo, segundo acompanhantes dos doentes, os médicos de plantão pararam de atender às 21h para suposto descanso.
No domingo, segundo acompanhantes dos doentes, os médicos de plantão pararam de atender às 21h para suposto descanso.
Às 2h da madrugada, várias pessoas, que já
aguardavam há mais de quatro horas, começaram a ser chamadas para os
consultórios.
“Minha mãe está em tratamento de câncer e com
muitas dores. Isso é uma falta de consideração”, queixou-se a depiladora
Simone Braun, 39, enquanto amparava a mãe, Maria Iracema Braun, 67, que
passava mal em uma cadeira de rodas.
Sindicato diz que ‘situação é crítica’
Uma equipe da 16ª DP (Barra), que foi ao hospital
ouvir uma testemunha, foi acionada por pacientes, mas nenhum inquérito
foi aberto. “Essa situação crítica no Lourenço Jorge é crônica. A
prefeitura é irresponsável em não resolvê-la”, criticou o presidente do
Sindicato dos Médicos, Jorge Darze.
Em nota, o Hospital Lourenço Jorge informou que a
unidade recebeu 20 pacientes graves e realizou 56 atendimentos de menor
gravidade, entre a noite de domingo e a manhã de ontem, garantindo que
não houve falta de médicos.
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