quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CORONEL ROSSI DA SECRETARIA DE SAÚDE NÃO EXPLICA A SAIDA DOS APARELHOS NO IASERJ

GUARDAS PATRIMONIAIS IMPEDEM ENTRADA DE SERVIDORES NO IASERJ

Servidores da saúde ocupam pista na av. Brasil: pressão por negociação


Em mais um exemplo de unidade, solidariedade e disposição de luta, os servidores dos hospitais federais do Rio de Janeiro, em greve desde 27 de junho, fecharam uma das pistas da Avenida Brasil em direção ao Centro, nesta quinta-feira (23/8), de 10h45 às 11h30. Antes, participaram de um ato em frente ao Hospital Federal de Bonsucesso, onde servidores eram a maioria dos participantes da passeata e do fechamento da Avenida Brasil.
O objetivo foi chamar a atenção da população para o desrespeito com que o governo Dilma Roussef (PT) tem tratado o funcionalismo público federal em sua campanha salarial unificada e fazer com que seja apresentada uma proposta decente ao Comando de Greve, na negociação prevista para hoje.
Policiais Militares tentaram retirar os manifestantes (mais de 500) da pista, sem sucesso. Os profissionais de saúde sentaram no asfalto, mostrando que estavam absolutamente conscientes do seu direito de se manifestar e lutar por suas reivindicações. A PM acabou desistindo de sua intenção. Com faixas e cartazes, os trabalhadores frisaram que o único responsável pela continuidade da greve da saúde e de todo o funcionalismo é o governo Dilma (PT). Outras faixas denunciavam a política de desmonte e privatização das unidades.
Atendimento digno à população
Durante a ocupação da Avenida Brasil, a diretora do Sindsprev/RJ Lúcia Pádua frisou, em discurso no carro de som, que, além das reivindicações econômicas e sociais, fazem parte da pauta entregue pelo Comando Nacional dos Servidores Federais ao governo o fim do sucateamento do serviço público, mais verbas para o setor, visando um atendimento digno à população, e o fim das privatizações. “Este é um governo truculento, não apenas com o funcionalismo federal, a quem ameaça com retaliações, corta o ponto e não negocia com seriedade. Mas é também um governo que age com descaso com a população, abandona e privatiza hospitais, beneficiando grupos privados para garantir financiamento de campanha”, acusou.
O ex-diretor do Sindsprev/RJ, Júlio Tavares, lembrou que a administração Dilma Rousseff é a verdadeira culpada pela continuidade da greve. “O governo federal tem sido intransigente. Basta lembrar que só voltou a negociar, após três meses de greve, deixando a população sem os serviços públicos. E só na semana retrasada colocou sobre a mesa de negociação uma proposta cínica de reajuste de 15,8%, parcelados em três anos, a partir de 2013, incidente apenas sobre o vencimento base, sabendo que a maior parte da remuneração é constituída por gratificações”, afirmou.
Pressão tem que aumentar
Após duas horas de interrupção da Avenida Brasil, os profissionais federais da saúde decidiram seguir em passeata de volta ao Hospital de Bonsucesso, onde houve um ato de encerramento da mobilização. Estiveram presentes representantes das seis unidades federais em greve no Rio de Janeiro (Lagoa, Ipanema, Into, Cardiologia de Laranjeiras, Bonsucesso, Cardoso Fontes e Policlínica Piquet Carneiro), além de dirigentes do Sindsprev/RJ, da presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Mônica Armanda, e o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, Roberto Pereira, além da deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) e o representante da executiva do partido, Jeferson Moura.
Entre os itens principais da pauta de reivindicação do funcionalismo federal estão: 22,08% de reajuste, política salarial baseada na reposição das perdas da inflação mais aumento real que leve em conta o crescimento do PIB, incorporação das gratificações, 30 horas, fim do sucateamento e mais verbas para um atendimento digno à população e paridade entre ativos e aposentados. Lúcia lembrou que a pressão deve aumentar para fazer o governo avançar nas negociações.
Nova assembleia
O diretor do Sindsprev/RJ, Osvaldo Mendes, lembrou que os servidores da saúde participam de uma nova assembleia nesta sexta-feira, no auditório do Sindicato (Rua Joaquim Silva, 98-A, Lapa), às 16 horas. A finalidade é avaliar uma possível proposta que o governo venha a apresentar numa negociação prevista para hoje (23/8). “Caso a seja tão indecente quanto a anterior, a greve continua e mais forte ainda para obrigar o governo a negociar com respeito à categoria”, disse o dirigente. Também diretora da entidade, Maria Celina disse que são pontos de honra: a incorporação das gratificações, jornada de 30 horas, aumento salarial digno e não ao ponto eletrônico.
SINDSPREV

Improbidade Administrativa se pune com Ação Civil Pública.

Tá aí as provas! Pelo menos três princípios. Legalidade, impessoalidade, e Moralidade do art. 37 da CF/88, estão sendo rasgado. Improbidade Administrativa, se pune com Ação Civil Pública. Cadeia!
Fechamento de Hospitais públicos? Superintendente de Rede Própria Valéria Mol?! Diretor das Fundações de Saúde do Estado Jorge Mol. A Família Mol comanda a saúde pública do Rio. Alguém nos socorra ! Cadê o MP?

Nos últimos seis meses, o grupo carioca fechou a aquisição do viVale, Nossa Senhora de Lourdes, Santa Luzia e a fusão com o Santa Lúcia

http://saudeweb.com.br/30055/rede-d-or-anuncia-fusao-com-grupo-santa-lucia/#.UDWS9yefeb8.facebook


Como André Esteves, BTG Pacual, está ajudando Jorge Moll, Rede D’or, a ser o próximo bilionário da saúde ?

http://www.empreendersaude.com.br/2011/07/como-andre-esteves-btg-pacual-esta-ajudando-jorge-moll-rede-dor-a-ser-o-proximo-bilionario-da-saude/



Rede D’Or na reta final da compra do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Será que agora vai?

http://www.empreendersaude.com.br/2012/02/rede-dor-na/

domingo, 5 de agosto de 2012

ASSEMBLÉIA - contra a demolição do IASERJ

Companheirada
Estamos na vigília de resistência contra a demolição do IASERJ desde 1º de junho e convoco a todos e a todas a fazer parte desta luta que não é só dos funcionários do hospital e nem só dos servidores estaduais, ela é de todos nós que não aceitamos as injustiças e nem o desrespeito aos direitos humanos das pessoas.
O governo Sérgio Cabral recebeu R$ 600 milhões no acordo que fez com o governo federal de ceder o terreno onde está instalado o hospital que tem 1 milhão de prontuários ativos onde 400(quatrocentos) leitos já foram desativados, quando os hospitais da Rede não os possuem e frequentemente vemos na mídia, notícias tristes de pessoas que morrem na porta ou nos corredores dos hospitais, pela falta de leitos na Rede Pública.
O IASERJ possui um Ambulatório com 44(quarenta e quatro) especialidades médicas, Serviços de Raio-X, Medicina Física, Centro de Tratamento de Feridas (CETAFE), PROMUSA (Programa Mulher Saudável) que concentra no 3º andar todas as Especialidades Clínicas necessárias à saúde preventiva da mulher, no 5º andar está o Serviço de Pediatria, no térreo temos os serviços de Tomografia Computadorizada, Ultrassonografia e Endoscopia Digestiva, além do Laboratório de Análises Clínicas e Patológicas e a Farmácia.
O Polo de Hepatite C e o SPA (Serviço de Pronto Atendimento) foram depredados e em grande parte destruídos os seus equipamentos na noite de 15/06, quando a Secretaria de Saúde invadiu o hospital com o Bope, caveirão, muitos PMERJ's e funcionários terceirizados. Retiraram no meio da noite e madrugada os pacientes que se encontravam no CTI, deixando inclusive recipientes com suas secreções pendurados nos aparelhos aos quais estavam ligados. Desmontaram as camas e muitas delas foram quebradas para que não voltássemos a proceder às internações de pacientes que por ventura viessem procurar o hospital.
O Ambulatório continua a funcionar no seu horário das 08 às 15h, de 2ª a 6ª feira e para ser atendido(a) basta fazer a carteirinha levando o RG, CPF, comprovante de residência e um telefone convencional para contato e se for menor, o responsável deverá levar a Certidão de Nascimento. Qualquer cidadão ou cidadã pode fazer sua matrícula para ter o atendimento médico e social do IASERJ. Também está havendo atendimento nos Consultórios Odontológicos e no Serviço de Eletrocardiograma. Existe no Serviço de Dermatologia um equipamento chamado VULVA que é utilizado no tratamento de psoríase e preventivo de vitiligo, que não existe na rede estadual, bem como as terapias alternativas como Acupuntura, Quiropraxia, Cinesioterapia e Psicossomática.
Para que tudo isso continue a atender a toda a população que ao IASERJ recorre é que lutamos e resistimos à sua demolição.
PARTICIPE!
ASSEMBLÉIA DO IASERJ, NESTA 2ª FEIRA, ÀS 10h, NO PÁTIO DO HOSPITAL
Av. Henrique Valadares, 107, Cruz Vermelha, Centro
Leandro Vabo Freixo - via Facebook

sábado, 4 de agosto de 2012

ASSEMBLEIA NO IASERJ DIA 6 DE AGOSTO

Sindsprev/RJ
Servidores do Hospital do Iaserj, ameaçado de demolição, fazem assembleia na próxima segunda-feira (6/08), às 10 horas, no pátio da unidade (Rua Henrique Valadares). Nela, vão decidir os próximos passos da luta contra a desativação/demolição da unidade. Estarão presentes parlamentares, dirigentes de sindicatos como Sindsprev/RJ, Sepe, Sindjustiça e Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), entre outros.

ATO CONTRA A DEMOLIÇÃO DO HOSPITAL DO IASERJ


O governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, foram os principais alvos dos manifestantes que protestaram contra a demolição do Hospital Central do Iaserj (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro), na manhã deste domingo (29) na Praia de Copacabana.
Ao som de gritos e xingamentos como "Sérgio Cabral é f.d.p!", cerca de 200 médicos e servidores de outras esferas públicas reclamavam da "precarização da saúde", promovida, segundo eles, pelo atual governo. O secretário de Saúde, Sergio Cortês, também foi lembrado pelos manifestantes, que o acusaram de apoiar a "privatização", como afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos (SindMed-RJ), Jorge Daze, durante aclamado discurso.
"Eles estão entregando os hospitais nas mãos de grupos empresariais e organizações sociais, terceirizando um serviço garantido pela constituição, que é público. Eles usam o dinheiro público para construir e entregar para particulares. Isso não é como entendemos que o sistema deve funcionar", esbravejou.
Com blusa, broches e adesivos de protesto colados pelo corpo, a médica Cristina Maria Machado Maia, coordenadora do Cetafe (Centro de Tratamento de Feridas), que funciona dentro do Iaserj, argumenta que além de "absurda", a demolição é inconstitucional.
O hospital, que está no Centro da cidade, será demolido para a expansão do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que funciona no prédio ao lado. Segundo ela, para que seja feito este tipo de concessão, o hospital não poderia mais atender pacientes. "O governo deveria ter votado na Assembleia Legislativa para que o hospital mudasse de categoria, o que não aconteceu. Existem irregularidades no processo que não legitimam esta ação", explicou.
A aposentada Maria da Silva, de 72 anos, também protestou. Ela diz que está inconsolável com a demolição do Iaserj, onde faz tratamento de saúde "há muitos anos". "O Cabral odeia os idosos, ele quer matar os idosos, estamos desamparados. Vão acabar com um dos poucos lugares onde tínhamos um tratamento bom, com funcionários bons, médicos, enfermeiras. Todo mundo lá é legal", discursou.
Nelson Ferrão, ex-diretor do Iaserj, destaca que a expansão do Inca poderia ser feita em qualquer outro lugar."O que vai funcionar ali é um centro tecnológico do Inca, que poderia ser feito em qualquer lugar, não precisaria derrubar", afirmou.
"Este governo está querendo acabar com a saúde pública, que é um direito previsto na Constituição. Eles já fecharam o Iaserj de Madureira, da Penha, de Ipanema, o Instituto São Sebastião. Nós contribuímos durante 70 anos para a construção e manutenção destes hospitais, somos descontados direto na folha", argumentou a médica Cristina Maria Machado Maia.
Consequências
A transferência dos pacientes que estão no Iaserj para outros hospitais da cidade começou na noite do dia 14 de julho, em meio a protestos de funcionários e parentes dos internados. Segundo eles, o movimento tem acontecido de forma violenta e "arbitrária". Em uma das canções entoadas durante o protesto, os manifestantes destacavam: "Durante a madrugada/ o governo tira os pacientes/contando com a repressão da polícia".
Para Ferrão, a principal consequência da demolição é a perda de 400 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) que existem no local. “Um dos grandes problemas de saúde é a falta de leitos, que está sendo agravada com esta demolição”, afirmou. Cristina endossa o discurso, e acrescenta que a perda se estende, pois tratamentos de diversas ordens perdem a referência que tinham no Iaserj.
“Mesmo com a transferência, os pacientes vão para unidades que não são referências ou que não estão adequadas para o seu tratamento. O governo não criou leitos nem suficientes nem de qualidade. Ele diz que constrói UPA, mas retira leitos de outras instituições. A matemática não fecha", reclamou.
"O atendimento e o diagnóstico para a descoberta do câncer são sempre realizados em hospitais e não no Inca, que realiza o tratamento da doença", destacou a médica. "Se você achar que tem um câncer e aparecer lá no Inca, eles vão te mandar para um hospital, pois eles só tratam. A ampliação deles determina o fechamento de um hospital, isso não deveria acontecer, deveriam trabalhar juntos".
Hospital de Piedade
Desde que foi municipalizado, o Hospital de Piedade, na Zona Norte, tem sofrido um processo de degradação contínuo, denuncia o médico José Ricardo Pereira Gomes, que trabalha no local. Segundo ele, há sucateamento e "depreciação" das instalações, principalmente na parte tecnológica.
"Somos um hospital de ensino, como um hospital universitário, mas temos sofrido muito com  a falta de comprometimento do governo, não há mais gerência, estamos perdidos. Além disso, as áreas de ginecologia, oftalmologia e proctologia, onde éramos referência e realizávamos até transplante de córnea, por exemplo, foram fechadas prejudicando a população e o atendimento", apontou.

Parlamentares garantem presença
O protesto, que ficou concentrado em frente ao Copacabana Palace, não só atraiu pedestres e servidores da educação e saúde, mas também diversos parlamentares. Um dos primeiros a chegar foi o deputado Paulo Ramos, do PDT, que também discursou no evento. Em entrevista para o Jornal do Brasil, o político fez duras críticas ao atual governador.
"O Cabral tem ódio do servidor, ele está destruindo hospitais, acabando com o serviço público porque não quer mais concursos, não quer mais funcionários públicos. Ele faz uma violência contra o servidor e na hora que os prejudicados querem protestar, o que ele fez? Reprime, utiliza da força policial", disse.
Junto com o deputado e candidato a prefeitura Marcelo Freixo (PSOL), que também compareceu ao local, ele acusou o governador de "entregar as obras públicas da cidade nas mãos de empreiteiras". E continuou: "O objetivo dele com esta obra do Inca é entregar para uma 'Delta' da vida. Um construção de 500 milhões de reais, quem não vai querer?".
Também compareceram à manifestação a vereadora Sônia Rabello (PV), o deputado federal Milton Temer (PSOL) e o também vereador Paulo Pinheiro (PSOL). Todos criticaram fortemente a atual gestão da cidade e do Estado. Em ritmo de campanha, Freixo lembrou que as organizações sociais não precisaram de licitação para funcionar. Ele ainda citou dado do Ministério da Saúde que aponta que o Rio de Janeiro é a capital do Brasil com o pior atendimento de saúde pública do Brasil.
"Nós dobramos o orçamento da saúde, mas não soubemos investir. O médico continua ganhando mal e as organizações sociais não têm moral para dirigir um hospital, nem público, e acredito que nem privado, pois até quem tem plano de saúde reclama muito dos planos. Falta transparência. Enfrentamos um crise de saúde muito grande, acredito que é o principal problema do Rio de Janeiro hoje", afirmou.

JORNAL DO BRASIL